Infância
Esses dias eu tava passando por uma sessão nostalgia. Tava
vendo uns CDs de fotos antigas (postei algumas aqui no blog), depois eu vi
vídeos antigos, ai essa semana alguém me lembrou que Orkut ainda existe e
resolvi entrar no meu para fuxicar nas coisas velhas (depoimentos, fotos,
comunidades, etc), lembrei que eu tinha um clubinho com minhas amigas e que nós
criamos um vibeflog, que POR ACASO eu ainda lembro o usuário e a senha do negócio...
entrei lá também e, claro.. morri de rir. Ai para terminar com a sessão
nostalgia, resolvi rever as filmagens de meus aniversários de 3, 5 e 6 anos. Só
que a filmagem do meu aniversário de 3 anos é a melhor... com direito a eu
dançando “É o tchan” e “boquinha da garrafa” e cantando “Tô de bem com a vida,
tô de vento em púlpa”(eu cantava assim). Sem contar que eu era a criança mais
hilária do mundo. Enfim... lembrei de tanta coisa em tão pouco tempo. AH, esqueci-me
de mencionar as fotos e vídeos do coral... da época que eu era menor e tal. Vou
nem entrar muito nisso se não eu choro de tanta saudade. Engraçado como eu
lembro a maioria das músicas até hoje. Tipo, músicas que cantava no início,
quando fazia o preparatório ainda. Tem coisas que a gente não esquece.
Infância é talvez o MELHOR momento da vida. Não nos
preocupamos com nada, só queremos saber de diversão. É tão linda a inocência da
infância. Mas, convenhamos que hoje em dia não existe mais tanta inocência
assim... hoje em dia a infância ta deixando de ser o momento puro da vida. Po,
as crianças já nem acreditam mais em Papai Noel. Cadê a magia do Natal para
essas crianças? Hoje em dia tem moleque de 10 anos pegando meninas por ai. As
meninas de 12 e 13 anos só querem saber de se apaixonar e falar de garotos.
CADÊ a magia da infância? Hm... isso
mesmo, achei a palavras certa para descrever minha infância. MAGIA. Minha
infância foi mágica. Com direito a acreditar em Papai Noel, coelhinho da
páscoa, fada do dente e fadas em geral. Eu tinha como amigo imaginário um
cachorro... e cara, juro para vocês que eu acreditava na existência dele. Ele
era MUITO real para mim... o Rulf. Que, por acaso, foi o nome do meu primeiro
animal de estimação (real). Minha amiga Ana vai me entender nessa loucura de
vida.
Hoje, parando para pensar na infância, cheguei à conclusão de que, se sou assim
como sou hoje, é graças a tudo que vivi na minha infância. Graças a todas as
pessoas que conviveram comigo e me deram certo “exemplo”... minha infância foi
muito boa, mas ao mesmo tempo foi meio difícil. Eu fui extremamente feliz e,
por outro lado, sofri bastante. Já comentei aqui sobre a parte da minha vida de
ser “a excluída”. E digo para vocês, talvez ter sido tão excluída na escola
tenha sido o fator que mais me fez crescer. Só que eu também tive as melhores
amizades. Brinquei muito.... sorri muito... aproveitei demais. Toda criança tem
seu trauma de infância. Essa coisa de exclusão foi o meu trauma. E, ao mesmo tempo,
foi algo que fez de mim uma pessoa melhor. Sendo assim, agradeço a vocês que me
excluíram quando era criança... por que hoje talvez eu seja um ser humano
melhor que vocês. =P
Só que passa tão rápido, né...? Tipo, acabou. Tenho 19 anos
na cara e estou aqui falando de infância. Tenho 19 anos na cara e sorrio igual
uma retardada quando estou muito feliz (do tipo andar na rua sozinha e lembrar
de algo, sorri sozinha.. igual uma louca). Tenho 19 anos na cara e me pego
agindo como uma criança. Às vezes eu tenho que me controlar para não sair
pulando e cantando no meio da rua, ou.. sei lá... pegar no braço da pessoa que
ta andando comigo e cantar “nós andamos iguais, nós andamos iguais... “. Hoje
eu tava esperando uma pessoa na praça e fiquei olhando aquele parquinho meio
vazio, sem criança no balanço e no escorrega. JURO que eu tive vontade de ir no
balanço.
Será que é vergonhoso para uma pessoa da minha idade dizer isso? Sinceramente,
se for.... eu não estou nem aí.
Uma coisa é certa: Eu ERA linda e fofa.
Toda criança é linda, mesmo sendo feia.
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