4 Meses

Pode parecer que tudo é sempre maravilhoso, mas a verdade é que tem dias que eu só quero voltar pra minha casa de verdade, no meu país e viver com a minha família. Assim como quando eu estava lá tinha dias que eu só queria morar fora, sozinha e sem família. hahahaha 

Mas a gente não imagina que vai ser tão difícil até que chega o dia que realmente é.

São saudades de muitas coisinhas simples. Porém, a minha maior saudade desde que eu cheguei nesse país é de um abraço com amor. Saudade de me afogar num abraço. De abraçar por tanto tempo que dê para sentir e apreciar o cheiro da pessoa, deitar no ombro, quase sentir coração com coração. É... eu não imaginei nunca que fosse sentir falta disso. Na verdade, eu não conseguia mensurar a importância desse gesto TÃO simples... e TÃO especial.

Esse mês eu completei 4 meses longe de casa. E acho que agora está começando a ser diferente. Eu estou completamente adaptada ao ambiente e à rotina. Vamos nos mudar no final desse mês e eu tô com um pouco de medo de como vai ser. Por que agora que eu fiz amizades e me adaptei num lugar, vou para outro. Apesar de não ser longe (uns 20 min de distância), não deixa de ser diferente. Por um lado, pode ser bom. A rotina vai mudar.... E rotina é algo que cansa. As coisas não são mais tão maravilhosas assim como eram quando eu ainda era nova aqui.

Nessas ultimas semanas eu tenho ficado muito cansada e estressada. E eu percebi que o cansaço é mais emocional do que físico. Afinal, passo a maior parte do tempo com um bebê. Mas, agora ele está engatinhando para todos os lados e fica bravo se eu colocar ele de volta no "play room".Ele tem um monte de brinquedos, mas o proibido é sempre mais interessante, não é mesmo?

Esses 4 meses parecem 2 anos. E, até agora, acho que foi o mais difícil. Porém, não pensem que eu to sofrendo, chorando pelos cantos e querendo voltar pro Brasil. Não. Apenas está sendo difícil. E isso faz parte... Eu sinto uma montanha russa de emoções. Essa semana mesmo, passei uma manhã inteira num choro compulsivo bizarro (por um motivo que não foi tão grande assim)... E no dia seguinte acordei disposta e feliz, cheia de energia. Nem eu me entendo.

Eu tenho buscado o menino mais velho na escola toda terça, quarta e quinta... e acho que isso está nos aproximando mais. Ele se sente mais à vontade comigo agora, não faz tanta cerimônia e fala mais as coisas. A menina continua o mesmo grude. E ela tem me ensinado muito a respirar fundo trinta vezes antes de me irritar. Ela tem uma péssima mania de chorar por qualquer coisinha, tipo: não achou o brinquedo tal. Antes de procurar por ele, ela chora. Não conseguiu fazer algo sozinha. Antes de pedir ajuda, ela chora. - E, às vezes, ela grita chorando. Então, haja "calma nessa hora" para lidar com a situação. E quando os dois resolvem brigar - é raro, mas acontece - Deus fica do meu ladinho contando até mil comigo.

Quando era com a Laurinha.... hahahahaha Aiai. Sem comentários.

Os pais das crianças continuam sendo uns amores comigo. Sempre perguntando se estou bem, se preciso de algo, se tenho comida suficiente, se tem algo que eles podem fazer por mim e etc. Eles quiseram sentar para conversar sobre meus 3 meses aqui (a reunião foi um pouco atrasada) e eu estava morrendo de medo, achando que ia ser algo sério e tal. Mas eu achei ótimo e super necessário. Conversamos sobre absolutamente tudo. Eles me dando um feedback positivo sobre o que eu tenho feito e me dando a oportunidade de tirar dúvidas e etc. Eles são maravilhosos! E claro que não são perfeitos. Existe a parte chata, que eu não concordo ou gosto. Mas eu respeito! Afinal, moro com eles, na casa deles e sob a regra deles.  

Nesse quarto mês eu fui para Lake Tahoe com uma amiga e vi a neve.💙 Conheci novas meninas. Enchi o saco das aulas de inglês que faço toda terça, quarta e quinta - por isso, fui em poucas. Fui no boliche, cinema, sai pra comer, fiquei em casa, vi muitas séries, ouvi muita música e continuei sem fazer exercício. 😝

Não vou colocar fotos, por que estou preparando os posts das viagens que fiz. 

Beijos! 😘