O conto de um reencontro
Acabo de acordar de uma noite de
sono em que, novamente, sonhei com ele. Vim correndo para minha mesa com um
café preto na mão para descrever cada detalhe do nosso encontro, enquanto as
lembranças ainda estão perfeitas. É horrível quando sonhamos algo e, ao
acordar, nos deparamos com um “vazio”, com fragmentos de sonho. Fragmentos de
um sonho que foi perfeito, mas algo não nos permite lembra-lo. Dessa vez, eu
lembro.
Estava numa praia linda e pequena
em que o mar era cristalino e o céu estava completamente azul. Lembro que
tudo que eu ouvia era o bater das ondas na areia. Sentada num banquinho abaixo
de uma árvore, onde as folhas faziam uma sombra gostosa, o vi caminhando em
minha direção. Ele vestia bermuda e blusa brancas e os cabelos quase loiros
balançavam contra o vento. Fiquei reparando naquela caminhar, desde os pés
descalços, passando pelos braços desenhados por Deus de maneira perfeita, até
meus olhos alcançarem o sorriso de criança pelo qual me apaixonei. Ah, esse
sorriso que nunca mudou....
Quando ele chegou mais perto de
mim, eu já estava em pé, pronta para correr de volta para aqueles braços. Corri
sentindo a areia macia em meus pés, o vento em meu rosto e uma sensação de
liberdade que eu acho que só é possível sentir sonhando. Ele me envolveu e, de
repente, meus pés não tocavam mais o chão. Passei minha mão em seus cabelos e
olhei diretamente naqueles olhos expressivos, que me diziam exatamente o que eu
pensava: Que saudade de você!
Permanecemos nos abraçando por um
período de tempo que não fui capaz de contar, até que senti a areia novamente.
Com minha boca, toquei-o no lábio tão delicadamente, como se fosse uma joia
preciosa. E assim como em todo sonho, acordei naquele momento mais indesejado.
O melhor momento. Fechei os olhos novamente para tentar continuar e voltar para
onde paramos. Porém, ele já havia ido novamente. Eu havia voltado. Foi um reencontro
tão breve e tão rápido. Porém, o mais importante de tudo é perceber que ele também não me esqueceu.
PS: eu não consegui achar nenhuma foto que demonstrasse o que eu imaginei para essa cena, então vou apenas deixar que a imaginação faça seu papel extraordinário.
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