Triste, mas verdade.

Hoje refleti sobre uma coisa em especial. Durante um tempo ando chateada com algumas coisas e por mais que eu tente, não consigo mudar.
Acho que já disse várias vezes que me preocupo muito com a amizade. Para mim, os amigos são o bem mais importante depois da família.
Durante a aula me sinto pior ainda em ver que não tenho amigos. Disse amigos, aqueles com quem posso contar tudo.  Minha maior amiga de infância não estuda mais comigo e meus verdadeiros amigos da escola não estão na minha sala.
Por um lado, isso é ótimo. Não me distraio e enquanto todos conversam, eu faço deveres e estudo.
Mas a questão não é essa.
Percebi que cada ano que passa uma pessoa que amo se afasta de mim. Seja morrendo, viajando para longe, saindo do colégio ou até mesmo por pura falta de tempo.

Eu cresço, mas vejo as pessoas queridas ficando no passando. E a cada ano, esse passado fica mais distante.
Tudo que eu queria é tê-las em pelo menos uma hora do mês. Apenas para dar um abraço e dizer que ela faz falta nos meus dias. Mas isso não é possível.

Procuro ser a mais sincera possível com meus amigos. Esse ano é o último. E cada dia que passa, nosso momento de união vai chegando ao fim. Ano que vem cada um vai para um lado diferente. Vamos buscar nosso futuro e quem sabe morar bem distantes uns dos outros.
Sinto vontade de chorar só de pensar nisso. Mais ainda de saber que farão novos amigos e que eu poderei me tornar apenas uma amiga da adolescência ou infância.

Tenho certeza absoluta de que com alguns amigos meus, isso nunca acontecerá.  E tenho certeza de que esses são verdadeiros. Mas me afogo em lágrimas de ver que pessoas que antes considerava grandes amigos, hoje já não são mais.  As coisas vão acontecendo de maneira acelerada e quando você menos espera, percebe que as conversas não são mais tão intensas e aquelas coisas confidencias que você contaria a um tempo atrás, hoje já não se sente tão à vontade para falar. 

Outra coisa que me deixa triste, é ver que eu sou a única que “corre atrás”. Eu quem ligo, mando mensagem, chamo para sair. Não me lembro de nenhuma vez que tenha acontecido o inverso.  Fico me perguntando se isso é certo. Se é realmente amizade. Parece que não fazem o mínimo esforço para me encontrar e dizer um “oi, saudade de você!”
Pode ser que eu esteja muito enganada. Mas é o que eu sinto. É o que dá a entender. Eu só tento me aproximar e acabo me afastando cada vez mais.
Tem uma pessoa em especial que eu sei que estou afastada, mas tento com todas as forças me reaproximar. Amiga de infância. Com ela, mesmo não encontrando sempre, eu ainda tenho assunto. 

Infelizmente, nem tudo é como eu quero que seja.  A distância me faz sofrer, mas ao mesmo tempo me ensina a perceber quem são as pessoas que se importam comigo.