Dúvidas... e um dilema.

Terceiro realmente não é fácil. Ainda mais no colégio onde estou. Se você não estudar, se ferra. Sei que isso é a realidade para quem quer passar para uma boa faculdade. Que no meu caso, ela precisa ser boa e pública.
Muito difícil resolver o que fazer para o resto da vida com apenas 17 anos de idade. Hoje fiz minha primeira prova de terceiro ano. Não achei nada difícil. Estudei muito para essa prova de matemática, que é uma matéria que eu não domino.
Há muito tempo venho pensando que rumo tomar na minha vida. Tenho sorte de não ser forçada a fazer algo que não queira. Meus pais sempre dizem que devo fazer algo que gosto.
Durante muito tempo, quando criança ainda, pensei em fazer veterinária e ser eternamente fiel aos animais e abrigar aqueles que vivem nas ruas. Acho que qualquer criança algum momento passa por essa fase. Hoje sei que isso não é o que eu quero. Não conseguiria ver um animal morrendo em minhas mãos. 
Depois, passei para uma fase em que nada me agradava. Queria simplesmente me formar, fazer um intercâmbio e viver fora do Brasil. Não desconsidero a possibilidade de fazer intercâmbio, e sei que vou fazer. Mas antes, preciso estar aprovada em uma faculdade.
Comecei então a descartar todas aquelas profissões que não me agradam. E essa lista é realmente muito grande. Depois passei para as coisas que gosto e tenho certeza de que nunca deixarei de gostar.
Minhas primeiras profissões da lista foram jornalismo, cinema, comunicação. Durante um tempo minha primeira opção foi jornalismo. Por eu sempre ter gostado de escrever, pesquisar coisas.
Há pouco tempo atrás, resolvi que quero fazer medicina e ser pediatra. Amo incondicionalmente as crianças. Para mim, é o único ser realmente puro e perfeito. É claro que existem aqueles pivetes que ninguém agüenta. Mas tudo depende da educação. Nunca culpo uma criança por ser como é, e sim a pessoa que a educa.
Embora eu ame criança, biologia e essas coisas da medicina... sou uma pessoa realista e sei que meu perfil de estudante não se enquadra a alguém que tenha “capacidade” de passar na primeira tentativa para uma federal do Rio de Janeiro.  Minha mãe brigará comigo se ler isso.
Por mais que eu estude, estude e estude... a concorrência é tão grande que outras pessoas estudam o triplo que eu. Na medicina, qualquer milésimo de diferença na nota, faz muita diferença. Não só na medicina, mas principalmente nela.
Então vivo em um dilema. 
Daqui a pouco a primeira fase da UERJ chega e eu ainda não terei decidido o que fazer.
Acabei de marcar o tal teste vocacional. Não sei se isso funciona. Muitas pessoas pensam que não adianta nada. Outras afirmam que ajuda muito. Meu maior medo desse teste é de não dar nenhuma das minhas duas opções. Medicina ou jornalismo.
Muita gente me disse que eu me daria bem na área de comunicação. Por eu adorar escrever, fazer vídeos, essas coisas.  Mas eu não posso desconsiderar a minha louca vontade de ser médica.
Não preciso nem comentar o medo que tenho de fazer e passar para alguma coisa e no meio do caminho, descobrir que não é o que quero e parar. Isso sim é o que posso chamar de tempo perdido.